Como se reconectar com quem você era antes da dor
- Milene Rodrigues
- 7 de jul.
- 3 min de leitura
A vida nos muda. Algumas vezes, de forma suave. Outras, de forma brusca, repentina, dolorosa. Um acontecimento inesperado, uma perda, um trauma, uma decepção — e, de repente, já não sabemos mais quem somos. Como se, em algum ponto do caminho, tivéssemos deixado partes de nós para trás.
Mas e se ainda for possível se reconectar com quem você era antes da dor? E se aquela versão sua, mais leve, espontânea, criativa ou esperançosa ainda estiver aí, só adormecida?
Este texto é um convite: a olhar com carinho para si mesma e, quem sabe, começar um caminho de volta para casa.

🌧️ A dor nos transforma — e isso é inevitável
Quando passamos por situações traumáticas, perdemos pessoas, mudamos de cidade, vivemos términos, adoecemos ou somos feridos emocionalmente, criamos mecanismos de proteção. Nos fechamos. Nos adaptamos. Às vezes, endurecemos.
Essa é uma forma de sobrevivência. E por mais que possa parecer injusto ou doloroso, também é um sinal de que você seguiu em frente, mesmo quando tudo parecia ruir.
Mas, com o tempo, esse estado de proteção pode se tornar permanente — e o que antes era defesa se torna prisão. Passamos a viver no automático, com medo de sentir. De viver. De ser.

🪞 Onde está aquela versão sua que sorria com facilidade?
Talvez você sinta saudade da leveza que tinha. Da criatividade, do otimismo, da espontaneidade. Talvez não se reconheça mais no espelho. E está tudo bem.
A dor nos modifica, sim. Mas ela também pode nos revelar. E acredite: você não perdeu quem você era — apenas acrescentou camadas. Talvez seja hora de escavar, com delicadeza, as partes esquecidas de si.

🌱 Como iniciar esse processo de reconexão
Aceite sua versão de agora, sem rejeição Antes de buscar quem você era, abrace quem você é hoje. As marcas fazem parte da sua história. Reconhecer sua dor é o primeiro passo para curá-la.
Resgate memórias de leveza Lembre-se de momentos em que você se sentia você mesma. Onde estava? O que fazia? Quem te cercava? Pode ser ouvir uma música da época, visitar um lugar especial ou reler antigos escritos.
Volte a fazer o que te fazia bem Dançar? Escrever? Cozinhar? Pintar? Ler poesia? Resgate pequenos hábitos antigos. Mesmo que pareçam bobos. Eles são pontes para a sua essência.
Permita-se sentir Reprimir emoções só as intensifica. Sentir é parte do processo de reconexão. Chore se precisar. Fale sobre a dor. Escreva sobre ela. Só passando por ela é que podemos atravessá-la.
Busque apoio terapêutico Profissionais da psicologia podem ajudar a reorganizar a bagunça interna. Você não precisa fazer isso sozinha. Pedir ajuda é um ato de coragem.

✨ Você nunca deixou de ser você
Mesmo que tenha se perdido por um tempo, você ainda está aí. Ainda existe em você a pessoa que sonhava, acreditava, criava. Talvez com mais maturidade. Talvez com mais cicatrizes. Mas ainda cheia de potencial.
Reconectar-se com quem você era antes da dor não significa apagar o que aconteceu. Significa integrar tudo o que viveu e, com isso, escolher uma nova forma de ser — mais inteira, mais consciente, mais sua.

💬 Exercício prático para hoje
Pegue papel e caneta e responda:
Quem eu era antes da dor que me mudou?
O que aquela versão minha gostava de fazer?
Que parte de mim eu gostaria de reencontrar?
O que me impede de resgatar essa parte hoje?
Qual o primeiro passo possível para me reconectar comigo?
Leia com carinho. Respire fundo. E lembre-se: voltar para si é um processo, não uma corrida. Vá no seu tempo.
Você ainda é você. Só está redescobrindo o caminho.
o melhor que eu vi
Meu vicio do momento tem nome e sobrenome Tate McRae
Essa reflexão é pra você que se compara demais.
O crossover mega especial do É nóia minha? e Modus Operandi.
Se você ainda acredita em Motivação,houve esse aqui.
O que você achou da nossa vigésima sétima edição? Vou ficar muito feliz em saber sua opnião e sugestões.
Pode me mandar um e-mail (cotidianasperspectivas@gmail.com) ou me chamar no @cotidianasperspectivas, vai ser incrível te ter por lá.
Por hoje é só, até mais pessoal.



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